quinta-feira, 17 de março de 2011

Hare Baba


ॐ सह नाववतु |

सह नौ भुनक्तु |

सह वीर्यं करवावहै |

तेजस्विनावधीतमस्तु मा विद्विषावहै ||

ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः ||

Om, que Ele nos proteja e nos mantenha sempre juntos.
Que trabalhemos constantemente com vitalidade.
Que nosso estudo seja vigoroso e revelador.
Que não haja disputas entre nós.
Om, que se faça paz, paz, paz.


- Shanti Mantra, ou Mantra da Paz

É interessante e me faz muito bem estudar o Yoga e os textos sagrados do Hinduismo por dois motivos: 1. A concepção de um Deus que não está lá no céu, mas sim que é parte integrante de todas as coisas do universo é inovadora (ainda que seja alguns milênios mais antiga que a concepção Monoteísta...) 2. A busca pela perfeição e união com o absoluto (ou seja, o Yoga) não esbarra em gastos dispendiosos, sejam eles gastos materiais, psicologicos ou desgaste físico, mas se faz através do autoconhecimento, da consciencia corporal e do aquietamento (meditação).

Todavia, vejo que o Yoga, como bem cultural do povo indiano, nunca foi algo imposto sobre outros povos, como aconteceu com duas das maiores religiões monoteístas. Muito pelo contrário,
são as pessoas que vão buscar o Yoga.

Após perceber isso, coloquei-me a pensar se existe uma cultura "mais culta" que outra, isto é, que fosse meritória de ser imposta à outros povos. Esse questionamento sempre foi inevitável e é intrínsceco ao estudo das sociedades estrangeiras.

Então, primeiro gostaria de conceituar CULTURA como: "o produto da habilidade racional humana de transformar a natureza ao seu redor". Em outras palavras, a cultura é tudo aquilo que o homem produz com suas próprias mãos através do seu pensamento.

É bom que se diga, tambem, que conhecimento não significa cultura.

Ser um Ph.D em Engenharia Civil possui a mesma importância, culturalmente falando, de se saber construir uma simples cabana de palha. Ora, se a cultura é a transformação da realidade natural, pelo pensamento, em algo que atenda às necessidades do homem, logo, tudo o que é feito por nós possui mesma importância: é cultura.

Desta forma, conclui-se que não existe um povo mais culto que outro. O que há são as diferentes manifestações do pensamento humano em transformar sua realidade física. O pensamento divergente, portanto, é o que torna riquíssima uma cultura exterior.

NAMASTÊ!



dedico à amiga Paula Azzi,
pois sem a chatisse da qual,
não teria feito este blog ;)

Um comentário:

  1. Estou arrepiada!
    é tão bom ver os frutos de nossas horas de ensino amadurecerem!
    Parabéns.
    Com carinho,
    Tia Fran

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