segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma páscoa GORDA

Há alguns dias eu li uma reportagem no jornal dizendo que "o faturamento da Páscoa esse ano seria 36% maior do que em 2010". Fiquei pensando nessas palavras enquanto voltava para a casa após a feira de Domingo...



tá, eu posso ate ter me equivocado na imagem...
mas o espírito é o mesmo!

Eis um belo exemplo de como a cultura é utilizada como meio de dominação, meu caros colegas. Nossas datas comemorativas se tornaram apenas meio de enriquecimento para alguns.

Os meses de março e abril no Brasil são meses quentes e úmidos. Quem nunca viu uma barra de chocolate derreter por ficar 5 minutos no carro sob o sol? Sem falar no calendário litúrgico Cristão, o qual tem como preceito o jejum e a abstinência como principais lições após o período de Quaresma (os quarenta dias que antecedem a Páscoa).

Ou seja, a tradição de se comer chocolate na Páscoa nunca seria parte da cultura brasileira, se não fosse introduzida por outros.

Só para constar, o Brasil é o segundo maior consumidor de cholocates durante a Páscoa, perdendo apenas para nossa grande amiga e "parceira" econômica de longa data: A Inglaterra. Olha a dominação aí gente... (ah não, o carnaval já passou!)


Pois bem, a única razão que nos leva a comprar quilos e mais quilos de chocolate na Páscoa é a alienação! Nossa cultura de comprar chocolates é somente instrumento de enriquecimento da indústria. E eu não me restrinjo somente à industria de chocolate, mas existe toda uma cadeia de setores que saem ganhando, desde o papel que embrulha o chocolate às transportadoras que lucram levando-o até as lojas...


dedico este post
à Dra. Ana Calderoni
e aos meus dois dentinhos
removidos sexta-feira
muito obrigado por me garantirem
(à força)
uma páscoa menos capitalista

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